Trabalhar com a Paula e ter acesso direto ao know how dela no dia a dia é um verdadeiro presente.
Conheci a Paula em 2021, em BC, e desde então aprendo diariamente. Sou apoiada e assessorada por ela, das dúvidas mais básicas às grandes decisões. A Paula esteve comigo na compra do meu apartamento em 2024 e agora nesta nova decisão. Foi com essa mentalidade de processo, cálculo e disciplina que tomei a decisão.

Agora, pense no seguinte cenário:
São 15:48 de uma terça-feira qualquer. Seu gerente acabou de te mandar uma notificação: “o pagamento foi realizado com sucesso”. Você pagou à vista. Sentiu orgulho. E também um vazio estranho. Fez o que “todo mundo” diz que é certo.
Mas e se eu te dissesse que, nesse exato momento, você pode ter perdido dinheiro e nem percebeu? Existe um mito comum nas finanças pessoais: a ideia de que pagar à vista é sempre a escolha mais inteligente. Parece óbvio, afinal você evita juros e resolve tudo de uma vez. A verdade é que inteligência financeira não é sobre pagar menos, e sim sobre fazer o dinheiro trabalhar mais tempo a seu favor.
O custo invisível de pagar à vista
Quando você paga uma compra grande à vista, o dinheiro deixa de estar investido e para de render. Esse é o custo de oportunidade: o valor que você deixa de ganhar ao abrir mão de um capital que poderia continuar crescendo.
No meu caso, esse capital estava em um CDB a 18% ao ano (cerca de 1,39% ao mês). Ao decidir não resgatar o investimento e manter o dinheiro aplicado, ele continuou crescendo de forma consistente — e esse crescimento impacta diretamente o resultado final.
Quando os juros valem a pena
Parcelar no cartão significa aceitar uma taxa de juros embutida. No meu caso, a taxa foi de 9% ao ano. À primeira vista, parece ruim. A pergunta certa é: o meu investimento rende mais do que o custo dos juros?
Com CDB a 18% ao ano e cartão a 9% ao ano, sim. Mesmo pagando um valor maior ao longo do tempo por causa dos juros, o rendimento do investimento superou esse custo. No fim do ciclo, meu patrimônio total ficou maior do que se eu tivesse pago à vista.
As milhas que completam a estratégia
Ao parcelar, cada parcela gerou pontos que viraram milhas. Milhas podem ser trocadas por passagens, upgrades ou vendidas, gerando dinheiro de volta. Sozinhas, não justificariam a decisão. Somadas ao rendimento do investimento e ao capital que seguiu crescendo, elas se tornam um bônus real que melhora ainda mais a conta final.
A matemática do raciocínio financeiro
- Ao pagar à vista, o dinheiro deixa de render 18% ao ano.
- Ao parcelar, mesmo com 9% ao ano no cartão, o investimento continua crescendo e supera o custo do financiamento.
- As milhas geradas acrescentam ganho adicional.
Resultado: ao longo do tempo, a rentabilidade do CDB + benefício das milhas ultrapassou o custo dos juros do parcelamento. Terminei a operação com mais dinheiro do que teria ao pagar à vista.
A pergunta que muda tudo
A decisão não é simplesmente entre pagar à vista ou parcelar. A pergunta certa é: quanto meu dinheiro deixa de render se eu pagar agora e quanto ele pode crescer se continuar investido?
Se a rentabilidade do investimento for maior do que a taxa do cartão, parcelar deixa de ser risco e se torna estratégia.
Inteligência está no cálculo, não no impulso
Pagar à vista pode parecer prudente.
Inteligência financeira de verdade é usar tempo e rendimento a seu favor.
Minha escolha de parcelar, mesmo com dinheiro disponível, não foi conveniência. Foi lógica: capital rendendo 18% ao ano, cartão a 9% ao ano, e cada parcela gerando milhas que viraram benefícios reais.
Bom.. Agora, preciso aprender a dirigir melhor tão bem quanto invisto.
Mariah Fernanda

Publicitária, pós-graduada em Economia e Estrategista de Marketing MTDR.

